Em matéria publicada do Jornal Valor Econômica, o minis- tro da economia Paulo Guedes, anunciou que pretende apresentar um projeto de portabilidade para os Fundos de Pensão das empresas estatais com o objetivo de levar esses recursos para o setor privado. A ideia é atender aos interesses dos banqueiros, abrindo a possibilidade de colocar nas mãos dos bancos privados R$ 550 bilhões de reais.
O projeto ainda está em fase de estudos, porém, essa iniciativa pretende atingir as Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) que são responsáveis pelo controle desses fundos de pensão ligados aos servidores públicos. Eles estão na mira dos tubarões do mercado financeiro que tem interesse em morder esses recursos. Os trabalhadores ecetistas já conhecem essa prática, pois foram vítimas de uma manobra semelhante no Postalis realizada exatamente por Paulo Guedes que é acusado de gestão fraudulenta no comando dos Fundos de Investimentos (FIPs).
Indícios de fraudes nos aportes feitos pelos fundos de pensão
A investigação sobre a acusação de gestão fraudulenta foi aberta em 2019, tendo como base os relatórios da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) que apontam indícios de fraudes nos aportes feitos pelos fundos de pensão em dois fundos de investimentos criados pela BR Educacional Gestora de Ativos, empresa de Paulo Guedes.
Avançam investigações contra Paulo Guedes por fraudes nos fundos de pensão
Caso o projeto de portabilidade seja aprovado, o governo irá to- mar outras medidas para forçar a saída dos trabalhadores, obrigando-o para realizar a transferência para os bancos privados, o que não garante a complementação/suplementação da aposentadoria, sem falar sobre o problema prático de desvalorização do investimento.
Paulo Guedes teria atuado como fiador de uma série de negócios suspeitos de fraude com entidades de previdência patrocinadas por estatais por meio de uma de suas empresas
O Relatório Gerencial de Previdência Complementar relativo ao 4º bimestre de 2021 aponta que, de 2012 até agosto de 2021, as EFPC brasileiras tiveram uma rentabilidade média de 162,1% e cobram taxa de administração média de 0,27% ao ano para gerir o plano de previdência complementar do participante. Os planos abertos, admi- nistrados pelos bancos privados, tiveram uma rentabilidade média de 108,8% no mesmo período e cobram taxa de administração média de 1,3% ao ano.
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Fonte: ASCOM/SINTECT-PI